sábado, 11 de abril de 2009

A força do amor incondicional

Em “Curando com amor (Cultrix), o médico americano Leonard Laskow apresenta um novo modelo de cura baseado, sobretudo, na força do amor. No livro, do qual publicamos aqui um excerto, Laskow fornece os meios para que Oe leitor possa concentrar e transferir conscientemente a outros indivíduos esta poderosa energia curativa.
Psicólogos como Erich Fromm e poetas como Walt Whitman e Elizabeth Barret Browning escreverem de modo sublime sobre o amor. A força do amor também foi explorada por médicos como Bernie Siegel, em “Amor, Medicina e Milagres” (Best Seller) e Deepak Chopra, em “Saúde Quântica” (Best Seller). O fato de que tantos autores, de todas as atividades e profissões, tenham escrito sobre o amor, atesta o seu grande poder universal. Em “Feminilidade Perdida e Reconquistada” (Mercuryo), Robert A. Johanson escreve:
“O sânscrito, base da maioria das línguas indianas orientais, tem 96 palavras para amor... O inglês tema apenas uma. O inglês não tem a amplitude, o alcance, a diferenciação para o feminino e para as experiências do sentimento que tem o sânscrito... Se tivesse, existiria uma palavra específica para usarmos em nossa apreciação de pai, mãe, pôr- do-sol, esposa, casa, amante ou Deus. Ter apenas uma palavra para aplicar a todos estes níveis de experiência dificulta a nossa compreensão da complexidade da nossa vida interior e de nossas emoções. A língua esquimó tem 30 palavras para neve. Isto reflete a necessidade de clareza numa relação complexa com a neve. Quando estivermos interessados em uma relação... como os esquimós estão com a neve, certamente desenvolveremos uma linguagem diferenciada e focalizada para essa dimensão de nossa vida.”
Para analisar as maneiras como o amor se relaciona com a cura holoenergética, preciso enfatizar o amor incondicional, que vai além de julgamentos e comparações e tem um efeito extremamente poderoso no processo de cura. O poder do amor incondicional se manifesta em muitas áreas da nossa vida. Lembro-me de algo que li em 1987, sobre o jogador Sleepy Floyd, do Golden State Warriors. No início do quarto tempo da partida de desempate da Associação Nacional de Basquete (NBA) o Warriors estava perdendo para o Los Angeles Lakers por 14 pontos. Quando o tempo começou, Floyd olhou para as arquibancadas e viu um cartaz: “Ganhe ou perca, nós te amamos”.
“Aquilo me tocou”, disse Floyd. “Eu senti que precisava dar tudo o que tinha... Não pensava nos pontos. Simplesmente joguei instintivamente e a multidão entendeu isso”.
Sleepy Floyd chegou a marcar um placar recorde de 29 pontos, o qual deu a vitória ao Warriors. A aceitação e o amor incondicionais dos fãs o sensibilizaram no mais profundo de seu ser, disparando em Floyd uma fonte de energia e força que lhe permitiram atingir o seu maior momento e o melhor escore individual de pontos num único tempo na história do basquete profissional.
O amor como força de cura - O novo modelo de cura que apresento aqui se baseia no amor, na expansão da consciência e no poder que advém de uma escolha consciente de mudar. Ele nos fornece direções e meios para que possamos concentrar a energia do amor conscientemente e para transferi-la intencionalmente para outras pessoas, ou a uma área determinada do nosso corpo, com efeitos tangíveis que podem ser sentidos e também medidos em laboratório.
O amor pode assumir muitas formas, mas sua essência é o relacionamento. Podemos conscientizar-nos deste relacionamento ou não-separação, que sempre existe. Podemos experimentá-lo e senti-lo como um impulso na direção da unidade e podemos expressá-lo através de nossas ações. O amor é a energia de cura mais poderosa e o catalisador mais potente para transformação. A fonte da maioria das doenças está em nossa incapacidade para amar a nós mesmos ou para receber o amor de outros. Nossas dificuldades com o amor frequentemente resultam de experiências ou percepções de traição, abandono, humilhação ou rejeição que tivemos já na mais tenra infância e nos conduziram a sentimentos de demérito, vergonha e culpa. Estes sentimentos arraigados têm como conseqüência uma sensação de separação do Eu, eo próprio corpo e espírito e de outras pessoas. Enquanto esta separação sentida pode inicialmente ser o esforço da psique para defender-se do medo, do isolamento e do sofrimento, no fim se torna a fonte de sentimentos continuados de separação, alienação e ansiedade. Quando a doença se manifesta no nosso ser, podemos escolher entre permanecer atentos aos sintomas e ao tratamento, ou podemos ir à origem da desordem e transformá-la. Isto implica “entrar dentro de nós”, naquela parte do nosso ser que conserva o sentido de separação, do isolamento e do sofrimento. Tradicionalmente, a medicina ocidental (alopática e homeopática) deixou para os psicoterapeutas e para o clero a tarefa de chegarem à origem da doença. Em psicoterapia, descobrir a informação essencial e liberá-la muitas vezes requer uma terapia prolongada. Na cura holoenergética, porém, entendemos os sintomas, as causas intermediárias e as fontes mais profundas da aflição e da doença como padrões holoenergéticos ou holoformas, localizados dentro e em torno do corpo-mente. Depois de alcançar energeticamente esta informação essencial e de experimentá-la, precisamos reconhecê-la conscientemente. Para admitir a origem de uma desordem como separação percebida, há necessidade de que entremos em ressonância com ela, de que nos tornemos unos com ela e que aceitemos a verdade de existência. Podemos então assumir a responsabilidade por termos contribuído para a existência da doença, em virtude de nossa perspectiva no momento em que formamos a crença básica. Em outras palavras, se na infância você formou a crença de que não merecia ser amado, deverá assumir a responsabilidade por ter criado essa crença devido à sua limitada compreensão de você mesmo e dos outros naquela época. Uso a palavra responsabilidade não de uma maneira moralista ou como julgamento, mas para identificar uma habilidade específica que todos temos. Infelizmente, interpreta-se a responsabilidade como o significado de “Sou culpado pela doença que tenho; eu a causei”. Na cura holoenergética, entretanto, responsabilidade significa a capacidade de ser responsável e de compreender e aceitar a nossa contribuição para o nosso mal, sem auto-culpa e sem autojulgamento. Não é o que os outros nos fizeram, mas o modo como respondemos que é nossa “responsabilidade.” Aceitar a responsabilidade é uma grande experiência de grande enriquecimento. Quando assim procedemos, toda doença ou revés – e toda cura - torna-se uma fonte de auto-descoberta; outro passo na jornada da transformação.
Sintomas, causa e origem – Na cura holoenergética, é importante distinguir entre sintormas, causas e origens de uma doença. No resfriado comum, por exemplo, os sintomas podem incluir coriza, tosse e febre. Na medicina ocidental moderna, tratamos principalmente os sintomas: tomar um descongestionante, um xarope ou um remédio homeopático. Obviamente, ainda não estamos chegando à causa ou origem. Descobrimos recentemente que o resfriado comum é “causado” por um vírus. Pesquisas posteriores revelaram que mesmo quando estamos bem, abrigamos vírus. Portanto, os vírus, em si e por si mesmos, não podem ser considerados a única causa dos resfriados. Se o funcionamento do sistema imunológico está comprometido, os vírus que estão sempre presentes, parecem emergir e atacar. Assim, a causa real de um resfriado pode ser a condição do sistema imunológico. Entretanto, mais recentemente, aprendemos que as tensões comprometem este sistema. Desta forma, não seriam as tensões a causa real? Mas há mais... Agora estamos descobrindo que o medo de perder o controle está na raiz da maioria dos casos de tensão. Assim, será talvez este medo a causa real? Os laços causais continuarão crescendo em complexidade até atingirmos o que chamamos, na cura holoenergética, a origem de uma doença.
O primeiro nível da origem – O primeiro nível da origem consiste em percepções e interpretações de eventos que estabelecem um padrão holográfico de crenças, pensamentos e sentimentos. Chamo esses modelos de holoformas, porque dão forma às entidades holográficas, as quais têm a sua própria ordem e freqüências naturais de vibração. Essas entidades têm a capacidade de levar a energia não-manifestada a manifestar-se em nossa vida. Em outras palavras, as holoformas podem produzir harmonia ou desarmonia. Não temos a experiência de algo até que o percebamos. Por exemplo: a raiva é considerada um estado de despertar fisiológico em reação à uma ameaça percebida. A pesquisa mostra que os hormônios que detonam a raiva (adrenalina, noradrenalina e tirotropina), desencadeiam outras emoções, como medo, pesar e mesmo alegria. O que faz uma emoção diferente da outra não é o padrão fisiológico desencadeador, mas as suas percepções e interpretações dos eventos causais. Por exemplo: se você está no meio de uma multidão e de repente sente uma mão pousar no seu ombro, recebe um afluxo de adrenalina e volta-se para ver quem é. Se for alguém que você não conhece, sentirá medo ou raiva; se for um amigo, provavelmente sentirá alívio ou alegria. O ponto importante é que você identifica as suas emoções de acordo com a sua percepção e interpretação do evento, embora os hormônios envolvidos sejam os mesmos em ambos os casos. Nossas percepções são condicionadas pelas mensagens, crenças e comportamentos a que estivemos expostos desde o período pré-natal e talvez até mesmo no período anterior à concepção. A interpretação implica uma escolha; consciente ou não. Percebemos o que aconteceu e interpretamos o que isso significa para nós. Em outras palavras, não é o que nos sucede que cria nossa experiência do acontecimento, mas a nossa percepção e interpretação dele. Classifico certos eventos e a interpretação deles como “incidentes críticos” e “escolhas críticas”, porque levam à formação de um sistema de crenças e holoformas desarmoniosas, as quais, mais cedo ou mais tarde, tornam-se padrões patológicos. Um incidente crítico poderia ser qualquer coisa, desde a interpretação errônea do riso de um dos pais durante os nossos primeiros e egocêntricos anos de vida até um agravo físico real. Poderia até mesmo ser a percepção do feto da preferência dos pais por uma criança do sexo oposto. Incidentes críticos envolvem sentimentos, como abandono, medo, traição, humilhação e rejeição. Estas são reações imediatas a fatos atuais. Atribuímos então significado a estes sentimentos: “Não sou bom porque o meu pai foi embora”, ou “Meus pais queriam um menino (ou menina). Deve haver algo errado comigo. Sou um erro. O significado que damos representa a escolha crítica de interpretação. Vergonha, culpa, ou ambas, são frequentemente associadas com incidentes críticos. Vergonha é um sentimento arraigado que com freqüência deriva da percepção de que há algo fundamentalmente errado com você. Culpa é um sentimento que comumente resulta da percepção de que você fez algo errado. Os vários elementos de cada incidente crítico, são, em geral, formados simultaneamente, não gradualmente. No momento de um incidente crítico, damos significado à nossa percepção do evento; essa interpretação cristaliza-se como uma crença básica, a qual tem um efeito duradouro, influenciando escolhas que servem para manter a crença. Recebemos essas experiências pelos sentidos físicos e as armazenamos na mente como imagens ou hologramas multidimensionais. Elas desenvolvem a sua própria potência causal e ressoam com a sua própria freqüência. Se uma crença cristalizada está em conflito com os modelos naturais de equilíbrio e de harmonia do corpo, diz-se que ela é a origem dos padrões patológicos; a origem da doença em nossa vida. Assim, para descobrir a origem de uma doença, precisamos chegar os incidente crítico e às crenças básicas que a estão causando.
O segundo nível da origem - O segundo nível da origem envolve, amor, mérito e um sentido de valor. O significado profundo sob a crença básica. “Não sou suficientemente bom” é a crença. “Não sou bom o bastante para amar e nem para ser amado”. Isso provoca vergonha ou culpa, o que leva à crença “Não tenho perdão”. Isso, por sua vez, leva à escolha de separar-se, recusando ser amado ou amar e envolvendo-se em vícios entorpecentes, autopiedade, autopunição e mais culpa e vergonha. Na cura holoenergética, começamos a nos tornar conscientes de que a origem da nossa doença é o nosso sentido de separação e de alienação; uma falta de relacionamento do eu consigo mesmo, do eu com os outros, do eu com o mundo e do Eu Superior com o UM.
O terceiro nível da origem – O terceiro nível da origem trata da compreensão de que temos uma escolha. Nesse ponto descobrimos a nossa individualidade. Isso pode ser acompanhado por uma percepção de nosso poder e liberdade de escolha, ou por um sentido de nossa separação e alienação quando não expressamos a nossa escolha.
O quarto nível da origem – O quarto nível da origem trata da escolha entre ficar separado ou unir-se com o espírito ou com Deus. Somos livres para nos tornarmos inteiros e curados na medida em que conhecermos e estabelecermos contato com algo muito maior do que nós mesmos. Depois de alcançar e ressoar com um padrão de energia doentio, que emana dessas fontes, seja em forma de uma sensação, de uma imagem, de um pensamento, de um sentimento ou de uma crença básica, podemos mudar ou “des-formar” este padrão. Na cura holoenergética aprendemos técnicas específicas, altamente efetivas para alterar esses padrões de energia indesejáveis; literalmente, liberamos o corpo-mente desses gabaritos doentios que o influenciam. Trabalhando com esse campo de energia desarmônico (a holoforma ou gabarito doentio) e as suas expressões física, emocional, mental e espiritual da doença, a nossa consciência, energia amorosa e escolha consciente podem causar uma mudança radical, facilitando a transformação e a cura. O sentimento do perdão para nós mesmos e para os outros está no centro do nosso trabalho de cura. É importante compreender que frequentemente escolhemos antes de aprender a discernir. Temos acesso a este nível de origem quando começamos a compreender e quando fazemos a nossa escolha para separar-nos de nossos sentimentos amorosos. Ao abordar o problema holoenergeticamente, podemos liberar o padrão indesejável que ele criou.
Técnicas para a mudança – Podemos efetuar a mudança nas formas de energia em nosso corpo-mente de muitas maneiras. Um dos modos é através de pensamentos, sentimentos e imagens mentais, os quais tem um efeito fisiológico direto sobre o corpo, causando mudanças no sistema imunológico, endócrino, digestivo, ósseo-muscular, circulatório e nervoso. Por exemplo: medo e tensão traduzem-se rapidamente em tensão muscular. Isso pode afetar a circulação sanguínea, o que traz como conseqüência dor de cabeça, problemas cardíacos, digestivos e baixa resistência a infecções. Podemos reverter os sintomas nestes casos, aprendendo novas maneiras de reagir às tensões. Outra maneira vigorosa de produzir mudança fisiológica tem relação com os nossos tipos de respiração. A respiração, que transporta a força da vida, desempenha um papel preponderante na cura holoenergética. A respiração forma uma carga energética fisiologicamente e quando focalizada e direcionada de modo apropriado, essa energia pode receber uma forma; isto é, pode ser atenuada conscientemente pela mente para transferir informações para uma área do corpo ou mesmo para outra pessoa. Na cura holoenergética, usamos a respiração de várias maneiras. Por exemplo, imaginando e concentrando-se na respiração entrando e saindo por uma área específica do corpo, você energiza esta área. Os campos de energia que rodeiam e penetram o seu corpo registram essa atenção e intenção. Uma vez ativada, a área é preparada para a mudança, pronta para ter acesso à antiga informação, liberá-la e receber uma nova. Reter a respiração em certos momentos críticos atrai a atenção imediata da sua mente subconsciente e faz o seu corpo entrar em ressonância harmoniosa com ela através de uma diminuição da freqüência cardíaca.
O ingrediente ativo da cura holoenergética: o amor – Na cura holoenergética, é essencial que sejamos capazes de nos relacionar ou de interagir com os aspectos de nós mesmos ou dos outros que desejamos mudar. Essas interações ocorrem através de nossos campos de energia, através da força vital que se manifesta como uma biosfera denro e em volta do nosso corpo. Toda estrutura, animada ou inanimada, tem um conjunto de vibrações ou de freqüências energéticas que são únicas e naturais a ela. Quando uma estrutura vibra na freqüência natural de outra, ocorre uma dupla ressonância, então, muitas coisas acontecem. Primeiro, a intensidade da interação cresce porque a vibração de uma reforça a de outra. Você pode ter experimentado o efeito de desse reforço quando era criança e foi empurrado num balanço. Se a pessoa o empurrou exatamente no momento correto, o arco foi ficando maior e você balançou mais alto. A mesma coisa acontece com a energia em ressonância; a ressonância de cada pessoa, de fato, amplifica a da outra. Outro efeito da dupla ressonância é aquele em que duas estruturas se ligam como se fossem uma, movendo-se em uníssono. Na cura holoenergética, utilizamos o amor; a harmonia universal; para ajudar a nós mesmos e aos outros a liberar padrões energéticos de separação e para entrar em padrões de plenitude. A essência do amor é o relacionamento; com uma pessoa, um lugar, um objeto, um alimento, o próprio Eu, o universo, ou Deus, ou uma Ordem Superior indefinida. Podemos entender o relacionamento num sentido bem literal: relacionar-se significa “reunir”. Para mim, relacionamento significa que o amor junta novamente aquilo que uma vez era um, mas que aparentemente se separou. É um retorno para casa. Podemos tomar consciência dessa não-separação, ou relacionamento, porque ela sempre existe. Podemos senti-la como uma sensação de plenitude, totalidade, paz e como um impulso em direção à unidade. E podemos expressá-la e manifestá-la de nossas ações. Quando nos relacionamos plenamente com o que é assim, o amor se torna conhecido como Verdade ou Consciência Pura; a pessoa que sente e o que é sentido tornam-se um. O amor cria um campo de energia que afeta tudo o que nele penetra. Diz-se que os campos de amor de Cristo e Buda eram tão poderosos que as pessoas eram curadas na sua simples presença. Estes dois grandes avatares ensinaram que a energia do amor é a energia da unidade, da harmonia, do equilíbrio e da paz. Na presença de um campo de amor poderoso, se houver intenção e vontade de curar, as capacidades autocuradoras inerentes ao corpo serão estimuladas e aumentadas. Usando uma analogia,na medicina moderna existe uma técnica chamada MRI (Imagens por Ressonância Magnética), que, em vez de usar raios X, usa um campo magnético para produzir imagens geradas por computador, para diagnóstico. Num piscar de olhos, um campo magnético alinha todos os prótons dos átomos de hidrogênio do corpo, levando-os a girar como se fossem um; um feixe de ondas de rádio, ressoando com os prótons de hidrogênio, é então pulsado através do corpo produzindo sinais que um computador traduz em imagens visuais. Na presença de um campo magnético coerente, como o produzido pelo MRI, os prótons de hidrogênio rodopiam de forma combinada à medida que se alinham com o campo. De fato, todos eles dançam a mesma dança, tornam-se um. Do mesmo modo, quando você cria um campo de amor coerente, tudo dentro desse campo começa a vibrar como se fosse um e a dançar no mesmo ritmo. Quando tudo começa a vibrar como se fosse um, a separação desaparece e há apenas a unicidade. Tempo e espaço desaparecem, porque são a medida de separação. O fim funde-se com o começo e o círculo giratório se completa. O finito torna-se infinito. Neste estado de unicidade, a ordem natural e a harmonia inerente aos tecidos, células, moléculas, átomos e partículas subatômicas reafirmam a si mesmas. As células lembram a ordem superior e o equilíbrio da saúde e da totalidade. O amor é o seu sinal.
Como uma energia aparentemente etérea como o amor pode lembrar às nossas células a sua ordem e harmonia naturais? Em “The Body Quantum”, o físico Fred Alan Wolf (um dos professores do documentário O Segredo), sugere que sentimentos como o amor poderiam ser descritos em termos de propriedades quânticas de matéria, de luz e de transformação. Wolf não está sozinho em suas crenças; muitos físicos acreditam agora que toda matéria é composta de luz aprisionada. Esta crença é personificada na famosa equação de Einstein: E=MC². Wolf sugere ainda que o amor pode ser visto em termos do comportamento estatístico quântico das partículas de luz; isto é, dos fótons. Ele assinala que todos os fótons tendem a mover-se para o mesmo estado, dançando a mesma dança se para tanto lhes for dada a oportunidade. Neste sentido, o impulso natural dos fótons é mover-se para a unidade, em direção à unicidade. Assim, a antiga associação entre luz e amor relfete uma profunda sabedoria. Em seu livro “Teoria dos chakras (Pensamento), o Dr. Hiroshi Motoyama relata que detectou fótons sendo emitidos do chacra do coração de uma senhora muito experiente em meditação, quando ela projetava energia amorosa com um propósito. Embora a pesquisa ainda não seja conclusiva, à esta altura é razoável especular que os fótons reagem à uma variedade de estados mentais e emocionais, particularmente ao amor. Isto é maravilhoso! Tornar-se luz, ou ser iluminado, descreve e honra aquele estado quântico do fóton sem massa e sem carga, o qual reorganiza, relaciona e se torna um com tudo. Graças aos nossos mecanismos inerentes de autocura, o nosso corpo sabe como curar a si mesmo e assim o fará com ou sem a expressão consciente do amor. Entretanto, há muitos modos pelos quais podemos embaraçar ou sustentar estes processos de cura naturais. Como cirurgião, posso facilitar a cura prestando atenção à assepsia, à antissepsia e à homeostase, aproximando cuidadosamente a pele cortada e usando material de sutura apropriado. O que digo durante a cirurgia, enquanto o paciente está inconsciente e como me relaciono com o paciente após a cirurgia, também pode ter um efeito sobre o seu processo de cura natural. Conhecimento, habilidade, atitude, crença, intenção, vontade, riso, amor e solicitude humana podem facilitar o processo curativo. Assim, intensificamos ou interferimos no processo de cura intrínseco do corpo. Na minha prática, tendo visto repetidamente como a energia do amor e a criação de um campo amoroso poderoso podem incrementar profundamente a cura, não apenas fisicamente, mas emocional e espiritualmente, o amor não é apenas a inspiração maior dos poetas e místicos, é também uma energia palpável, transmissível, que pode curar.

Por Dr. Leonard Laskow, médico americano autor do livro “Curando com Amor” (Cultrix)

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Usando a mente para curar o câncer


Esta matéria é bastante antiga. Este tratamento já é usado pelo Dr. Simonton na cura de seus pacientes há 31 anos, mas os princípios de cura aplicados aqui rompem a barreira do tempo-espaço e continuam sendo muito atuais. A cura pelo pensamento ainda é praticamente desconhecida e a maioria ainda é cética quanto à sua real eficiência. O fato é que, quando as pessoas se atentarem para os poderes curadores do nossa mente, muitas moléstias e doenças poderão ser evitadas ou curadas, caso já tenham se manifestado em nosso corpo físico. Creio que ainda chegará um dia, em um futuro distante, em que remédios químicos e procedimentos cirúrgicos não mais serão necessários. O melhor hospital do mundo e a melhor farmácia do mundo estão em nossa mente.
Diogo Ramón

Por que tantas pesquisas até hoje não determinaram a causa do câncer? Não será porque os pesquisadores estão à procura de causas erradas? Foi o que concluiu o Dr. Carl Simonton, segundo o qual o câncer é produzido e desenvolvido por um desejo inconsciente de autodestruição, pela vontade também inconsciente de fugir dos problemas e mesmo da vida. Convencido disso, criou um método de tratamento baseado na conscientização do paciente dos problemas que o levara à depressão e ao desânimo. A partir daí começa a terapia da recuperação. Ilusão de um método idealista? Parece que não, pois o Dr. Simonton tem resultados para mostrar. E são muitos...

O fato de que a mente pode causar enfermidades, é hoje aceito por quase todo mundo, sendo mesmo a base de uma especialidade médica, a medicina psicossomática. Mas, quando se fala em uma determinada doença, - o câncer -, quase todo mundo, leigos e particularmente os médicos, negam essa possibilidade. No entanto, um médico especialista em câncer, está totalmente convencido de que o estado mental das pessoas está relacionado com o desenvolvimento dos seus cânceres e tem que ser levado em conta no processo de cura.
- A mente, as emoções e a atitude de uma paciente em relação à vida desempenham um papel importante, tanto no desenvolvimento de uma moléstia quanto (inclusive no câncer), quanto na resposta do paciente a qualquer forma de tratamento – sustenta firmemente o Dr. O. Carl Simonton. Ele é uma Major da Força Aérea Americana, doutor em medicina e nos últimos dois anos tem sido o chefe de terapia da radiação na Base Aérea de Travis, na Califórnia. Além de tratar os seus pacientes com radiações de cobalto, ele os ensina a meditar e os encaminha a sessões de psicoterapia, convencido que é fundamental tratar de suas mentes também.
Tudo começou realmente em 1969, no Centro Médico da Universidade de Oregon, durante os seus três anos de médico residente, encarregado da terapia de radiação. Simonton percebeu que uma pequena parcela dos pacientes que ajudou a tratar pela radiação foi curada ou viveu mais do que indicavam os diagnósticos. Eram pacientes que derrotaram inexplicavelmente as estatísticas, pacientes cujos cânceres estavam tão adiantados que as chances deles viverem pelo menos mais alguns anos eram quase nulas. Nas discussões com os pacientes, Simonton encontrou uma atitude mental – uma convicção positiva, consistente e até obstinada – que se recusava a seguir o que até os médicos esperavam: a morte. Alguns foram curados após sustentarem que não podiam morrer, porque ainda havia muita coisa a fazer. Outros pareciam prolongar a sua vida até que se realizasse o que desejavam. “Não posso morrer até que meu filho se forme”, ou, “não posso morrer até depois das férias”, ou ainda, “não morrerei até que chegue tal e tal dia”, diziam. E, de fato, fiéis às suas convicções, eles não morriam até que “permitissem” ou “quisessem”. Poderia algo simples, como a vontade de viver, alterar o prognóstico do câncer? Simonton ficou pensando nisso. Havia muitos paciente que diziam querer viver, mas cujas ações diziam o contrário. Por exemplo: os que tinham câncer nos pulmões, mas continuam a fumar. Ou os que tinham câncer no fígado e continuavam a beber, contra os conselhos médicos. E até mesmo os que simplesmente deixavam de comparecer ao tratamento. Além disso, muitos diziam coisas como: “eu talvez tenha merecido isso”, ou “provavelmente é uma punição pelo o que eu fiz”, ou, “de qualquer modo, a vida está ficando bem ruinzinha”. Eram todos comentários que refletiam uma atitude apática e deprimida. Uma das situações mais comuns era a do homem que se aposentara recentemente, com um rendimento mais baixo, que não ia bem com a esposa e não conseguia encontrar nada útil para fazer. Era como se a sua mente tivesse decidido morrer e o corpo tivesse encontrado a maneira de atingir o objetivo. O câncer poderia ser induzido psicologicamente? Será que sabemos o suficiente sobre o surgimento do câncer para dizermos uma coisa tão surpreendente? Simonton diz que sim, salientando: “As pessoas têm câncer muitas vezes durante as suas vidas, só que não percebem isso”. O que é inusitado no câncer não é o fato de as células malignas surgirem. Na substituição diária de bilhões de células pelo organismo, algumas células “más” são formadas. Mas, às vezes e por algum motivo, o corpo permite que essas células “más” cresçam, quando identificando-as como anormais, deveria destruí-las. Por que, então, o sistema imunológico falha nestes casos? É a partir desta pergunta básica que o Dr. Simonton postula que a mente desempenha um papel neste processo. De algum maneira, a condição da mente reduz a “resistência em hoste” às células malignas. As defesas imunológicas, concentradas principalmente dentro das células brancas do sangue e nos sistemas linfáticos, falham em cumprir o seu trabalho normal e o câncer se desenvolve.

Primeira etapa: 15 minutos de meditação, três vezes ao dia

Segundo Simonton, a mente deve ter influência na resposta imunológica. E isto não é nenhuma heresia médica. Até na década de 50, os pesquisadores em imunologia verificaram que a resistência em hoste aos bacilos que causavam a tuberculose era afetada pelo estado psicológico do paciente. O problema de Simonton, era, então, como poderia provocar a vontade de viver em alguém que não gostaria da vida, a ponto de, em primeiro lugar, desenvolver um câncer. Como modificar a atitude derrotista da pessoa,piorada pelo câncer? Como ele poderia, de fato, mobilizar o poder da mente para estimular a resposta imunológica ao câncer? Simonton passou a ler muito. Encontrou alguma apoio para a necessidade de viver nos escritos psiquiátricos e religiosos, mas isso foi de pouca valia. Curiosamente, ele descobriu o “como”, em livros sobre vendas e sobre sobre cursos de treinamento da mente. Passou, então, a realizar técnicas de meditação (uma combinação de relaxamento e visualização). Além disso, os seus pacientes e familiares eram educados sobre o câncer e sobre o que precisavam fazer e participavam três vezes por semana de grupos de psicoterapia, abertos para todos os membros da família ou para pessoas importantes para o paciente. Simonton pedia aos pacientes que meditassem regularmente três vezes ao dia, durante quinze minutos: pela manhã ao levantar, por volta do meio dia e à noite, antes de irem dormir. No exercício da meditação, os primeiros dois minutos são usados para entrar num estado de relaxamento. Uma vez que o corpo estiver relaxado, o paciente visualiza uma cena pacata da Natureza. Um minuto depois, o paciente começa a parte principal do trabalho de imagens mentais. Primeiro, ele sintoniza o câncer; “vê” com o olho da mente. Então, segundo Simonton, “ele trata o seu mecanismo de imunização trabalhando da maneira que deve, recolhendo as células mortas e moribundas”. Pede-se ao paciente que visualize um exército de células brancas entrando, enxameando o câncer e carregando as células malignas, que foram enfraquecidas ou mortas pela barragem de partículas de alta energia da terapia de radiação, dada pela máquina de cobalto, pelo acelerador linear, ou seja, por qual for a fonte. Estas células brancas então, destroem as células malignas, que são expelidas do corpo. Finalmente, pouco antes do fim da meditação, o paciente se visualiza como estando bem. O exercício depende do paciente estar plenamente ciente de seu câncer. Com esta finalidade, são lhe dadas todas as informações necessárias. Ele pode ver fotos, pode olhar as suas próprias chapas, de raios X, pode ler uma descrição do câncer ou pode fazer qualquer outra coisa que ajude. O paciente é educado quanto aos princípios gerais dos mecanismos de imunização e lhe são mostradas fotografias de pacientes com cânceres visíveis, como câncer na boca, no escroto, e na pele; depois, fotos dos mesmos doentes, cujos cânceres vão respondendo ao tratamento, vão ficando menores e desaparecendo. O paciente fica sob a influência otimista do Dr. Simonton. Com pouco mais de trinta anos, filho de um pastor protestante, Simonton poderia ser descrito ele próprio como “um pregador”.

Uma proibição: desistir; e quase todos eles obedecem

Seus pacientes tem dificuldade em “desistir”. Eles recebem simpatia e calor humano e são provocados e estimulados a lutarem pela vida. Simonton se importa com eles. “Às vezes parece que eu quero que eles vivam mais do que vivem”. – Por que deseja morrer? – ele fica insistindo com alguns para chegar à raiz da sua apatia e passividade, muitas vezes descobrindo sentimentos de culpa ou ressentimento, que pode tê-los induzido a desejarem serem punidos ou fazer outras pessoas se sentirem culpados por seus males. Simonton participa ativamente da terapia de grupo, que, de tempos em tempos, também é conduzida por psiquiatras residentes. Os pacientes são muitas vezes bons terapeutas, uns com os outros. Eles “vêem” através de algumas situações comuns e não concordam com outro que sinta pena de si mesmo ou que “use” o câncer para punir os outros. O fato de os familiares participarem é imensamente útil, pois amigos e parentes bem intencionados muitas vezes aumentam a depressão dos pacientes com câncer, por agirem de forma “irreal”, com sua alegria forçada, ou se comportando como se o diagnóstico de câncer fosse sinônimo de morte. Sendo incluídos nas consultas, no grupo de orientação e no grupo de terapia, eles próprios são ajudados a enfrentar aquilo que é uma calamidade familiar e ainda aprendem a ser verdadeiramente prestativos. Os melhores resultados no tratamento vêm dos pacientes que se tornam otimistas e se submetem a uma participação total. Muitas vezes estas pessoas “sintonizam” tão bem com os seus cânceres, que são realmente capazes de dizer como a doença está progredindo e como o tratamento está indo. Muitas vezes as emoções são “sentidas” no próprio tumor. A ira, especialmente, é “sentida”, dentro do tumor, (talvez esta emoção possa até estimular o crescimento das células malignas). O primeiro paciente de Simonton foi o seu “melhor” paciente. O caso foi tão convincente que o deixou inabalável durante os períodos de desencorajamento pela antipatia dos colegas e pelo pessimismo dos pacientes. Simonton descreveu seu primeiro paciente como um homem de 61 anos, com um câncer adiantado na garganta, cujo peso caíra de 60kg para 43kg. Ele não conseguia ingerir alimentos sólidos e mal conseguia engolir a própria saliva. Indivíduo mentalmente forte, ele estava acostumado a tomar decisões e a ter as suas ordens cumpridas. A explicação sobre o câncer, os mecanismos de imunização e o poder da mente de ajudar o corpo a curar-se faziam sentido para ele, que logo aprendeu a relaxar e a visualizar e saber o que estava acontecendo com o seu câncer. Nas sete semanas de tratamento, perdeu apenas uma sessão de meditação. Ele superou o seu câncer e hoje está indo muito bem, quando tinha apenas cinco por centro de chances de sobreviver. Além de superar o seu câncer, o paciente não teve efeitos colaterais à radiação que vinha recebendo já há dois anos, o que, por si, é incomum e admirável. Os efeitos colaterais da terapia de radiação, tais como a dor, a intumescência do local e a náusea, podem ser sintomas muito penosos e desagradáveis para o paciente. Às vezes, os efeitos colaterais são até responsáveis pela redução ou pela mudança da terapia de radiação pela qual se decidiu originalmente.

Um método aprovado por psiquiatras e parapsicólogos
Simonton debateu o seu trabalho com a Sociedade Psiquiátrica de Santa Clara, a Sociedade do Norte e do Sul da Califórnia de Analistas Jungueanos, bem como com os psiquiatras do Instituto Neuropsiquiátrico Langley-Porter, parte do Centro Médico da Universidade da Califórnia, em São Francisco. Os psiquiatras parecem ser muito receptivos às suas idéias, já que sempre defenderam que a depressão torna de fato uma pessoa mais suscetível a enfermidade física, muitas vezes piorando a duração e o grau da moléstia. Na verdade, existe um corpo sólido de trabalho científico que sustenta claramente o elo entre a mente e a enfermidade – mesmo o câncer. Na Universidade de Rochester, por exemplo, os Drs. Arthur H. Schmale, Jr. E Howard P. Iker, foram capazes de prever a presença ou a ausência do câncer, com base em um elevado potencial de “desesperança”. Este estudo foi um dos muitos feitos pelo grupo de ligação médica na Universidade de Rochester durante mais de vinte anos. A presença de uma vida tendente para a doença, “o complexo de desistência”, foram descritos por George L. Engel, doutor em medicina, como uma resposta à pergunta central: “por que as pessoas ficam doentes?”
O tratamento de Simonton visa a eliminar o estado psicológico negativo, tanto do paciente como da família, tornando o paciente ciente de que ele não é inútil ou desesperançado e de que pode participar de uma cura. Com o uso da meditação no relaxamento e nas imagens mentais, Simonton lança mão de uma técnica semelhante à usada pelos hipnoterapeutas, pelos terapeutas comportamentais e pelos professores de treinamento mental. Alguns parapsicólogos também estão começando a apreciar o trabalho de Simonton, que já participou de um simpósio sobre a cura, na Academia de Parapsicologia e Medicina. O próprio Simonton pode ter algum poder de cura que estaria influindo positivamente na recuperação dos pacientes. Além disso, a força de sua personalidade e sua qualidade carismática de pregador, podem desempenhar um papel vital no sucesso que ele tem em mudar as atitudes e em convencer os seus pacientes a superarem as barreiras mentais contra as suas enfermidades. Por isso, fica-se imaginando quão aplicável será o seu método quando este for usado por outras pessoas. Apesar do método de Simonton precisar de mais testes e mais evidências, antes que outros possam seguir a sua orientação e ficar convencidos, um fator importante é inequivocamente óbvio: usando a psicoterapia e as técnicas de meditação, sendo otimista e vendo cada paciente como uma pessoa singular, ao invés de apenas “outro caso”, o Dr. Simonton melhora a qualidade da vida de seus pacientes. A ansiedade e o isolamento são substituídos pelo conhecimento e pelo apoio moral. Se, como ele sustenta, “quando a vontade de viver cai, a vontade de morrer se eleva cada vez mais”; através de seu método singular, ele está contrariando essa atitude e, portanto, apoiando o lado da vida.
Por Jean Shinoda Bolen