quinta-feira, 9 de abril de 2009

Usando a mente para curar o câncer


Esta matéria é bastante antiga. Este tratamento já é usado pelo Dr. Simonton na cura de seus pacientes há 31 anos, mas os princípios de cura aplicados aqui rompem a barreira do tempo-espaço e continuam sendo muito atuais. A cura pelo pensamento ainda é praticamente desconhecida e a maioria ainda é cética quanto à sua real eficiência. O fato é que, quando as pessoas se atentarem para os poderes curadores do nossa mente, muitas moléstias e doenças poderão ser evitadas ou curadas, caso já tenham se manifestado em nosso corpo físico. Creio que ainda chegará um dia, em um futuro distante, em que remédios químicos e procedimentos cirúrgicos não mais serão necessários. O melhor hospital do mundo e a melhor farmácia do mundo estão em nossa mente.
Diogo Ramón

Por que tantas pesquisas até hoje não determinaram a causa do câncer? Não será porque os pesquisadores estão à procura de causas erradas? Foi o que concluiu o Dr. Carl Simonton, segundo o qual o câncer é produzido e desenvolvido por um desejo inconsciente de autodestruição, pela vontade também inconsciente de fugir dos problemas e mesmo da vida. Convencido disso, criou um método de tratamento baseado na conscientização do paciente dos problemas que o levara à depressão e ao desânimo. A partir daí começa a terapia da recuperação. Ilusão de um método idealista? Parece que não, pois o Dr. Simonton tem resultados para mostrar. E são muitos...

O fato de que a mente pode causar enfermidades, é hoje aceito por quase todo mundo, sendo mesmo a base de uma especialidade médica, a medicina psicossomática. Mas, quando se fala em uma determinada doença, - o câncer -, quase todo mundo, leigos e particularmente os médicos, negam essa possibilidade. No entanto, um médico especialista em câncer, está totalmente convencido de que o estado mental das pessoas está relacionado com o desenvolvimento dos seus cânceres e tem que ser levado em conta no processo de cura.
- A mente, as emoções e a atitude de uma paciente em relação à vida desempenham um papel importante, tanto no desenvolvimento de uma moléstia quanto (inclusive no câncer), quanto na resposta do paciente a qualquer forma de tratamento – sustenta firmemente o Dr. O. Carl Simonton. Ele é uma Major da Força Aérea Americana, doutor em medicina e nos últimos dois anos tem sido o chefe de terapia da radiação na Base Aérea de Travis, na Califórnia. Além de tratar os seus pacientes com radiações de cobalto, ele os ensina a meditar e os encaminha a sessões de psicoterapia, convencido que é fundamental tratar de suas mentes também.
Tudo começou realmente em 1969, no Centro Médico da Universidade de Oregon, durante os seus três anos de médico residente, encarregado da terapia de radiação. Simonton percebeu que uma pequena parcela dos pacientes que ajudou a tratar pela radiação foi curada ou viveu mais do que indicavam os diagnósticos. Eram pacientes que derrotaram inexplicavelmente as estatísticas, pacientes cujos cânceres estavam tão adiantados que as chances deles viverem pelo menos mais alguns anos eram quase nulas. Nas discussões com os pacientes, Simonton encontrou uma atitude mental – uma convicção positiva, consistente e até obstinada – que se recusava a seguir o que até os médicos esperavam: a morte. Alguns foram curados após sustentarem que não podiam morrer, porque ainda havia muita coisa a fazer. Outros pareciam prolongar a sua vida até que se realizasse o que desejavam. “Não posso morrer até que meu filho se forme”, ou, “não posso morrer até depois das férias”, ou ainda, “não morrerei até que chegue tal e tal dia”, diziam. E, de fato, fiéis às suas convicções, eles não morriam até que “permitissem” ou “quisessem”. Poderia algo simples, como a vontade de viver, alterar o prognóstico do câncer? Simonton ficou pensando nisso. Havia muitos paciente que diziam querer viver, mas cujas ações diziam o contrário. Por exemplo: os que tinham câncer nos pulmões, mas continuam a fumar. Ou os que tinham câncer no fígado e continuavam a beber, contra os conselhos médicos. E até mesmo os que simplesmente deixavam de comparecer ao tratamento. Além disso, muitos diziam coisas como: “eu talvez tenha merecido isso”, ou “provavelmente é uma punição pelo o que eu fiz”, ou, “de qualquer modo, a vida está ficando bem ruinzinha”. Eram todos comentários que refletiam uma atitude apática e deprimida. Uma das situações mais comuns era a do homem que se aposentara recentemente, com um rendimento mais baixo, que não ia bem com a esposa e não conseguia encontrar nada útil para fazer. Era como se a sua mente tivesse decidido morrer e o corpo tivesse encontrado a maneira de atingir o objetivo. O câncer poderia ser induzido psicologicamente? Será que sabemos o suficiente sobre o surgimento do câncer para dizermos uma coisa tão surpreendente? Simonton diz que sim, salientando: “As pessoas têm câncer muitas vezes durante as suas vidas, só que não percebem isso”. O que é inusitado no câncer não é o fato de as células malignas surgirem. Na substituição diária de bilhões de células pelo organismo, algumas células “más” são formadas. Mas, às vezes e por algum motivo, o corpo permite que essas células “más” cresçam, quando identificando-as como anormais, deveria destruí-las. Por que, então, o sistema imunológico falha nestes casos? É a partir desta pergunta básica que o Dr. Simonton postula que a mente desempenha um papel neste processo. De algum maneira, a condição da mente reduz a “resistência em hoste” às células malignas. As defesas imunológicas, concentradas principalmente dentro das células brancas do sangue e nos sistemas linfáticos, falham em cumprir o seu trabalho normal e o câncer se desenvolve.

Primeira etapa: 15 minutos de meditação, três vezes ao dia

Segundo Simonton, a mente deve ter influência na resposta imunológica. E isto não é nenhuma heresia médica. Até na década de 50, os pesquisadores em imunologia verificaram que a resistência em hoste aos bacilos que causavam a tuberculose era afetada pelo estado psicológico do paciente. O problema de Simonton, era, então, como poderia provocar a vontade de viver em alguém que não gostaria da vida, a ponto de, em primeiro lugar, desenvolver um câncer. Como modificar a atitude derrotista da pessoa,piorada pelo câncer? Como ele poderia, de fato, mobilizar o poder da mente para estimular a resposta imunológica ao câncer? Simonton passou a ler muito. Encontrou alguma apoio para a necessidade de viver nos escritos psiquiátricos e religiosos, mas isso foi de pouca valia. Curiosamente, ele descobriu o “como”, em livros sobre vendas e sobre sobre cursos de treinamento da mente. Passou, então, a realizar técnicas de meditação (uma combinação de relaxamento e visualização). Além disso, os seus pacientes e familiares eram educados sobre o câncer e sobre o que precisavam fazer e participavam três vezes por semana de grupos de psicoterapia, abertos para todos os membros da família ou para pessoas importantes para o paciente. Simonton pedia aos pacientes que meditassem regularmente três vezes ao dia, durante quinze minutos: pela manhã ao levantar, por volta do meio dia e à noite, antes de irem dormir. No exercício da meditação, os primeiros dois minutos são usados para entrar num estado de relaxamento. Uma vez que o corpo estiver relaxado, o paciente visualiza uma cena pacata da Natureza. Um minuto depois, o paciente começa a parte principal do trabalho de imagens mentais. Primeiro, ele sintoniza o câncer; “vê” com o olho da mente. Então, segundo Simonton, “ele trata o seu mecanismo de imunização trabalhando da maneira que deve, recolhendo as células mortas e moribundas”. Pede-se ao paciente que visualize um exército de células brancas entrando, enxameando o câncer e carregando as células malignas, que foram enfraquecidas ou mortas pela barragem de partículas de alta energia da terapia de radiação, dada pela máquina de cobalto, pelo acelerador linear, ou seja, por qual for a fonte. Estas células brancas então, destroem as células malignas, que são expelidas do corpo. Finalmente, pouco antes do fim da meditação, o paciente se visualiza como estando bem. O exercício depende do paciente estar plenamente ciente de seu câncer. Com esta finalidade, são lhe dadas todas as informações necessárias. Ele pode ver fotos, pode olhar as suas próprias chapas, de raios X, pode ler uma descrição do câncer ou pode fazer qualquer outra coisa que ajude. O paciente é educado quanto aos princípios gerais dos mecanismos de imunização e lhe são mostradas fotografias de pacientes com cânceres visíveis, como câncer na boca, no escroto, e na pele; depois, fotos dos mesmos doentes, cujos cânceres vão respondendo ao tratamento, vão ficando menores e desaparecendo. O paciente fica sob a influência otimista do Dr. Simonton. Com pouco mais de trinta anos, filho de um pastor protestante, Simonton poderia ser descrito ele próprio como “um pregador”.

Uma proibição: desistir; e quase todos eles obedecem

Seus pacientes tem dificuldade em “desistir”. Eles recebem simpatia e calor humano e são provocados e estimulados a lutarem pela vida. Simonton se importa com eles. “Às vezes parece que eu quero que eles vivam mais do que vivem”. – Por que deseja morrer? – ele fica insistindo com alguns para chegar à raiz da sua apatia e passividade, muitas vezes descobrindo sentimentos de culpa ou ressentimento, que pode tê-los induzido a desejarem serem punidos ou fazer outras pessoas se sentirem culpados por seus males. Simonton participa ativamente da terapia de grupo, que, de tempos em tempos, também é conduzida por psiquiatras residentes. Os pacientes são muitas vezes bons terapeutas, uns com os outros. Eles “vêem” através de algumas situações comuns e não concordam com outro que sinta pena de si mesmo ou que “use” o câncer para punir os outros. O fato de os familiares participarem é imensamente útil, pois amigos e parentes bem intencionados muitas vezes aumentam a depressão dos pacientes com câncer, por agirem de forma “irreal”, com sua alegria forçada, ou se comportando como se o diagnóstico de câncer fosse sinônimo de morte. Sendo incluídos nas consultas, no grupo de orientação e no grupo de terapia, eles próprios são ajudados a enfrentar aquilo que é uma calamidade familiar e ainda aprendem a ser verdadeiramente prestativos. Os melhores resultados no tratamento vêm dos pacientes que se tornam otimistas e se submetem a uma participação total. Muitas vezes estas pessoas “sintonizam” tão bem com os seus cânceres, que são realmente capazes de dizer como a doença está progredindo e como o tratamento está indo. Muitas vezes as emoções são “sentidas” no próprio tumor. A ira, especialmente, é “sentida”, dentro do tumor, (talvez esta emoção possa até estimular o crescimento das células malignas). O primeiro paciente de Simonton foi o seu “melhor” paciente. O caso foi tão convincente que o deixou inabalável durante os períodos de desencorajamento pela antipatia dos colegas e pelo pessimismo dos pacientes. Simonton descreveu seu primeiro paciente como um homem de 61 anos, com um câncer adiantado na garganta, cujo peso caíra de 60kg para 43kg. Ele não conseguia ingerir alimentos sólidos e mal conseguia engolir a própria saliva. Indivíduo mentalmente forte, ele estava acostumado a tomar decisões e a ter as suas ordens cumpridas. A explicação sobre o câncer, os mecanismos de imunização e o poder da mente de ajudar o corpo a curar-se faziam sentido para ele, que logo aprendeu a relaxar e a visualizar e saber o que estava acontecendo com o seu câncer. Nas sete semanas de tratamento, perdeu apenas uma sessão de meditação. Ele superou o seu câncer e hoje está indo muito bem, quando tinha apenas cinco por centro de chances de sobreviver. Além de superar o seu câncer, o paciente não teve efeitos colaterais à radiação que vinha recebendo já há dois anos, o que, por si, é incomum e admirável. Os efeitos colaterais da terapia de radiação, tais como a dor, a intumescência do local e a náusea, podem ser sintomas muito penosos e desagradáveis para o paciente. Às vezes, os efeitos colaterais são até responsáveis pela redução ou pela mudança da terapia de radiação pela qual se decidiu originalmente.

Um método aprovado por psiquiatras e parapsicólogos
Simonton debateu o seu trabalho com a Sociedade Psiquiátrica de Santa Clara, a Sociedade do Norte e do Sul da Califórnia de Analistas Jungueanos, bem como com os psiquiatras do Instituto Neuropsiquiátrico Langley-Porter, parte do Centro Médico da Universidade da Califórnia, em São Francisco. Os psiquiatras parecem ser muito receptivos às suas idéias, já que sempre defenderam que a depressão torna de fato uma pessoa mais suscetível a enfermidade física, muitas vezes piorando a duração e o grau da moléstia. Na verdade, existe um corpo sólido de trabalho científico que sustenta claramente o elo entre a mente e a enfermidade – mesmo o câncer. Na Universidade de Rochester, por exemplo, os Drs. Arthur H. Schmale, Jr. E Howard P. Iker, foram capazes de prever a presença ou a ausência do câncer, com base em um elevado potencial de “desesperança”. Este estudo foi um dos muitos feitos pelo grupo de ligação médica na Universidade de Rochester durante mais de vinte anos. A presença de uma vida tendente para a doença, “o complexo de desistência”, foram descritos por George L. Engel, doutor em medicina, como uma resposta à pergunta central: “por que as pessoas ficam doentes?”
O tratamento de Simonton visa a eliminar o estado psicológico negativo, tanto do paciente como da família, tornando o paciente ciente de que ele não é inútil ou desesperançado e de que pode participar de uma cura. Com o uso da meditação no relaxamento e nas imagens mentais, Simonton lança mão de uma técnica semelhante à usada pelos hipnoterapeutas, pelos terapeutas comportamentais e pelos professores de treinamento mental. Alguns parapsicólogos também estão começando a apreciar o trabalho de Simonton, que já participou de um simpósio sobre a cura, na Academia de Parapsicologia e Medicina. O próprio Simonton pode ter algum poder de cura que estaria influindo positivamente na recuperação dos pacientes. Além disso, a força de sua personalidade e sua qualidade carismática de pregador, podem desempenhar um papel vital no sucesso que ele tem em mudar as atitudes e em convencer os seus pacientes a superarem as barreiras mentais contra as suas enfermidades. Por isso, fica-se imaginando quão aplicável será o seu método quando este for usado por outras pessoas. Apesar do método de Simonton precisar de mais testes e mais evidências, antes que outros possam seguir a sua orientação e ficar convencidos, um fator importante é inequivocamente óbvio: usando a psicoterapia e as técnicas de meditação, sendo otimista e vendo cada paciente como uma pessoa singular, ao invés de apenas “outro caso”, o Dr. Simonton melhora a qualidade da vida de seus pacientes. A ansiedade e o isolamento são substituídos pelo conhecimento e pelo apoio moral. Se, como ele sustenta, “quando a vontade de viver cai, a vontade de morrer se eleva cada vez mais”; através de seu método singular, ele está contrariando essa atitude e, portanto, apoiando o lado da vida.
Por Jean Shinoda Bolen

7 comentários:

  1. Olá!!!
    Meu nome é Shoyana, estive lendo relatos e estudos sobre o poder na mente na cura e achei fenomenal. Gostaria de saber mai, pois estou pensando em desenvolver um estudo sobre: "A influÊncia dos estímulos cerebrais na recuperação dos pacientes em CTI" . Se possível , gostaria de sugestões e informaçoes de publicações em relação a isso.
    Meu email: andressashoyana@hotmail.com

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  2. Olá, eu chamo-me Paulo.
    Eu acredito na meditação e na psicoterapia.
    Tenho a minha mãe internada, foi-lhe diagnosticada um Tumor, o prognóstico dos médicos não são bons. No entanto a minha mãe é uma lutadora, sei que podemos vencer este tumor, desta forma e outras, todas juntas, acredito que vamos ganhar. Depois de ler, USANDO A MENTE PARA CURAR O CANCRO, estou convicto que, arranjei novas armas para combater o maldito tumor. Agradecia, se alguém ler o meu comentário, poder de alguma forma ajudar-me na aplicação deste método, me contactar para o E-mail paulojmflima@gmail.com. Obrigado e até breve.
    Paulo Lima

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  3. Bom dia!

    Sou psicóloga clínica e voluntária numa associação de apoio a portadores de câncer, ao ler este artigo, me despertou um forte desejo de compartilhá-lo com os pacientes que acompanho. Gostaria muito de fazer contato com a pessoa que postou este material e, se possível, com alguém que segue a abordagem do Dr Simonton aqui no Brasil.

    Muito obrigada por tão ricas informações, Diogo Ramón!

    Lindi Ramalho

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  4. Olá, será que poderia dizer qual o nome da música, maravilhosa traz uma paz!

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  5. Meu nome é Jane Bourges e meu e-mail é janebourges@gmail.com. Eu sou um artista, ativista, amante e lutador.
    Eu era HIV positivo, e sou um fora e, finalmente, ORGULHOSO HIV negativo e livre. Eu fui diagnosticado com HIV em 2006. Fiquei arrasado e eu passei a vergonha eo dilúvio indesejado de emoções que quase afogá-lo depois de saber que você tem o vírus mortal, ouvindo o que os outros dizem por ignorância, e mesmo sendo a efígie de estigma nascido de que a ignorância.
    Levei um tempo para processar (cerca de 2 anos), e finalmente, percebi através de outros amigos que não havia cura através de meios espirituais e ervas da África Voodoo Herbalist doutor Anthony Odia, depois de fazer contatos com ele pelo e-mail Odincurahiv@gmail.com, juntamente com a sua orientação, eu pedi para as ervas e começou a tomá-lo, as ervas durou 7 dias, como instruído pelo médico, uma semana depois que eu fui ao meu médico pessoal e testes foram realizados e os resultados mostraram Negativo, que não havia nada de errado comigo ... Então, para mostrar o meu apreço i decidiu anunciar também a todas as outras pessoas que precisam de compaixão, orientação e educação sobre HIV / AIDS e Câncer. Estou dedicado a organizações como o Projeto Estigma e A Tribe Câncer. Convido diálogo aberto sobre a minha própria experiência HIV e câncer, e responder às perguntas que qualquer um gostaria de saber as respostas. Se eu não souber a resposta, eu vou encontrá-lo com você, então entre em contato com Herbalist Anthony Odia agora por telefone +2349032913215 ou facebook em odincurahiv@outlook.com

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